Igualdade salarial e combate ao assédio: os novos direitos do século XXI.

Do relatório de transparência à prevenção da violência, uma nova era de proteção e dignidade no ambiente de trabalho.

Introdução

O Direito do Trabalho do século XXI ultrapassa as barreiras da legislação tradicional. A luta por equidade de gênero, diversidade e ambientes de trabalho saudáveis deixou de ser apenas uma questão ética — tornou-se um imperativo legal e estratégico para empresas e trabalhadores.

1. O histórico da desigualdade salarial

Mesmo com a Constituição de 1988 garantindo igualdade salarial, mulheres ainda recebem cerca de 20% a menos que homens em cargos equivalentes. Esse abismo é resultado de fatores estruturais, discriminação velada e falta de transparência.

2. Lei 14.611/2023: transparência e ação

Para enfrentar esse cenário, a Lei 14.611/2023 introduziu novas regras:

  • Relatórios de transparência: obrigatórios para empresas com mais de 100 empregados.
  • Planos de ação: em caso de desigualdade, medidas corretivas são obrigatórias.
  • Multas severas: até 10 vezes o valor do maior salário da empresa.

A obrigatoriedade da publicação pública transforma a transparência em ferramenta de pressão social e legal.

3. Assédio moral e sexual: um problema estrutural

O assédio é uma das principais causas de adoecimento e desligamento no ambiente de trabalho. A ratificação da Convenção 190 da OIT, em 2022, determinou que empresas adotem políticas de prevenção, canais de denúncia e procedimentos eficazes de apuração.

4. Cultura corporativa como prevenção

Mais que cumprir a lei, é preciso criar uma cultura baseada em respeito e inclusão. Isso envolve:

  • Programas de diversidade e inclusão.
  • Treinamentos contínuos.
  • Políticas claras de conduta e sanções.
  • Escuta ativa e apoio psicológico.
5. O papel do compliance trabalhista

O compliance se tornou essencial para evitar passivos, proteger a reputação da empresa e garantir um ambiente seguro e saudável.

Conclusão

A busca por igualdade salarial e a tolerância zero ao assédio são sinais de um novo tempo. Para trabalhadores, representam dignidade. Para empresas, credibilidade e competitividade. E para a advocacia trabalhista, um campo estratégico e transformador.

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